Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1905 - 1984 (Produção)
Nível de descrição
Arquivo
Dimensão e suporte
Documentos textuais - 0,20 metros lineares
Documentos iconográficos - 39 itens
Zona do contexto
Nome do produtor
História biográfica
Nome do produtor
História biográfica
História do arquivo
Em 1852, o governo Imperial do Brasil iniciou os trabalhos para a implantação de uma linha férrea que ligasse o Rio de Janeiro às províncias de São Paulo e Minas Gerais, concedendo direitos de construção e exploração do serviço a uma ou mais companhias de acionistas particulares. O caminho partiria da Corte. Depois de transpor a Serra do Mar, ele se dividiria em dois ramais, nas direções de Minas Gerais e de São Paulo. O trecho no território do Rio de Janeiro recebeu o nome de "Estrada de Ferro Dom Pedro II".
A construção da ferrovia facilitaria o escoamento do café, que, naquele tempo, avançava ao longo do Vale do Paraíba, em São Paulo. Por isso, a ideia mobilizava os fazendeiros da província. Entretanto, mesmo antes de atingir o ponto da bifurcação dos ramais, na localidade de Barra do Piraí, em 1864, a Estrada de Ferro Dom Pedro II já dava mostras de fragilidades financeiras. Talvez por isso, um ano depois, a ferrovia foi encampada pelo Governo Imperial.
Apesar das dificuldades, em São Paulo, os cafeicultores continuavam a apostar no projeto ferroviário. Em 1864, o fazendeiro jacareiense João da Costa Gomes Leitão já pedia à Assembleia Provincial a construção de uma estação de trem na cidade. Em 1871, o Governo Provincial contratou a Companhia São Paulo e Rio de Janeiro, de investidores particulares, para a instalação e exploração da linha férrea partindo da Estação do Brás, na Capital e passando por Mogi das Cruzes, Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Pindamonhagaba, Aparecida, Guaratinguetá, Lorena até chegar ao povoado de Santo Antônio da Cachoeira - depois chamado, Cachoeira Paulista -, onde encontraria os trilhos da Estrada de Ferro Pedro II. A linha foi chamada de "Estrada de Ferro do Norte".
A estação da Estrada de Ferro do Norte em Jacareí foi começou a ser construída em 1873, num terreno no Largo do Bonsucesso, distante do velho centro comercial da cidade. A construção trouxe trabalhadores de vários lugares do Brasil à cidade. Os trens transportavam cargas e passageiros, impulsionando o comércio, que foi se concentrando ao redor do parque ferroviário. A estação foi inaugurada com festa em 1876.
Os trilhos atingiram o povoado de Cachoeira em 1877. Dalí, os passageiros e produtos faziam a travessia do Rio Paraíba em balsas e seguiam para o Rio de Janeiro nos trens da Estrada de Ferro Dom Pedro II.
Em 22 de novembro de 1889, a Estrada de Ferro Dom Pedro II passou a chamar-se Estrada de Ferro Central do Brasil e, em 1896, incorporou a Estrada de Ferro do Norte, finalizando os trabalhos da ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 30 de setembro de 1957, o patrimônio da Estrada de Ferro Central do Brasil foi transferido à recém-criada Rede Ferroviária Federal, a RFFSA, uma empresa estatal ligada ao Ministério dos Transportes.
Com o programa de privatizações do Governo Federal, a partir de 1996, a malha ferroviária da RFFSA foi segmentada em seis seções e oferecida em concessão de exploração para particulares. O processo de liquidação da empresa foi finalizado em 2007.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Os documentos foram guardados por ferroviários da Estrada de Ferro Central do Brasil e da RFFSA e enviados à Fundação Cultural de Jacareí. A partir de 2005, eles foram reunidos e incorporados ao acervo do APHMJ.
Procedência:
Parcela doada ao APHMJ por Rodolfo Sabino Machado - Termo de Doação 08/2005.
Parcela doada ao APHMJ por Arildo de Souza - Termo de Doação 02/2007.
Parcela doada ao APHMJ por Christoffer Raimundo - Termo de Doação 07/2007.
Parcela doada ao APHMJ por Otacílio Coimbra - Listagem APHMJ.
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
O fundo é composto por registros administrativos das estações ferroviárias de Jacareí e Limoeiro. Há livros de ponto de trabalhadores e de atos de punição, livro de controle de bilhetes emitidos, com localidades de partida e destinos, categorias e preços de passagens e uma pasta com expediente da administração da RFFSA, onde estão circulares, boletins de serviço, instruções para preenchimento de documentos internos e orientações similares.
Parte das fotografias do fundo são reproduções de imagens sobre a Estrada de Ferro. Elas mostram cenas das instalações da estação de Jacareí, destacando a plataforma de embarque e seu entorno, trilhos, passagens de nível e outros. Alguns documentos mostram passageiros e transeuntes. Há também imagens das composições, com locomotivas e vagões e, por vezes, com pessoas. Algumas imagens acompanham a realização de eventos sobre a empresa, com destaque ao banquete de inauguração da bitola larga, em 29 de novembro de 1905. Também há imagens de trabalhadores, na década de 1950.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Em processo de classificação
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Sem restrições.
Observando-se as condições de conservação física de alguns documentos, a consulta deverá ser autorizada pela administração do APHMJ.
Condiçoes de reprodução
Reprodução mediante autorização da administração do APHMJ.
Idioma do material
- português
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Os documentos em papel apresentam sujidade, rasgos, dobras e indícios de infestação por fungos e elementos metálicos.
As fotografias estão em bom estado de conservação, embaladas em envelopes plásticos com guarnições em papel grosso.
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
FEF 001
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Assuntos
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
Pontos de acesso de género
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
CONARQ (BR). NOBRADE: Norma brasileira de descrição arquivística, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 2006.
Estatuto
Final
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
Criação: Junho de 2021
Línguas e escritas
Script(s)
Fontes
ARQUIVO NACIONAL (BR). Estrada de Ferro Pedro II. IN: Dicionário da Administração Pública do Período colonial. Disponível em http://mapa.an.gov.br/index.php/menu-de-categorias-2/317-estrada-de-ferro-d-pedro-ii. Acesso em junho de 2021.
AENFER (BR). Breve história da EFCB. Disponível em http://www.ferrovias.com.br/portal/quem-somos/historia-da-ferrovia/. Acesso em junho de 2021.
MUSEUS FERROVIÁRIOS (SP). Antigas Companhias. Disponível em http://museusferroviarios.net.br/antigas-companhias. Acesso em junho de 2021.
MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA (BR). Histórico da antiga RFFSA. Brasília, 2019. Disponível em https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/acesso-a-informacao/conteudo-rffsa/historico-da-antiga-rffsa. Acesso em junho de 2021.
PRADO, Fernando Romero. Dicionário Ilustrado da Cidade. Jacareí, Papel Brasil, 2017.
UNIVAP - TCC. A estrada de ferro Central do Brasil. Disponível em https://biblioteca.univap.br/dados/000029/000029c7.pdf. Acesso em junho de 2021.
Objeto digital metadados
Nome do ficheiro
APMJ_-_Estrada_de_Ferro_Central_do_Brasil_2.jpg