Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1944 - 2012 (Produção)
Nível de descrição
Coleção
Dimensão e suporte
Documentos textuais - 0,20 metros lineares
Documentos audiovisuais - 01 item
Zona do contexto
Nome do produtor
História biográfica
História do arquivo
Os primeiros registros de projeções de imagens em movimento em Jacareí indicam que, em 1906, um "cinematógrafo falante" fazia apresentações esporádicas num teatro que ficava na Rua do Mercado. O lugar se transformou na primeira sala de cinema de Jacareí, o "Cine Ideal". Ele se mudou, anos depois, para um espaço maior no Largo da Matriz.
Em 1911, Jacareí viu surgirem mais duas novas salas de cinema: o "Cine Bijou" e o "Cine Popular", também em torno do acanhado centro urbano.
Pouco a pouco, o entretenimento foi conquistando os jacareienses. Em 1918, Albano Máximo comprou o "Cine Popular" formando, provavelmente, o "Cine Rio Branco". Esse foi o primeiro da rede de cinemas que o empresário e seus filhos montaram na cidade, a "Empresa Cinematográfica Reunida Máximo ltda". Nesse tempo, nos "Quatro Cantos", havia também o "Cine Guarany", famoso por apresentar partes dos filmes na parede externa do prédio, como uma estratégia para "chamar o público".
Nos anos de 1940, os cinemas de Jacareí se multiplicaram. Apareceu o "Cine Art Palácio" e o "Cine Paratodos", depois também absorvido pela empresa de Albano Máximo. Em 1943, a empresa inaugurou mais sala, adaptando as instalações da Padaria e Confeitaria Central, no Largo do Rosário, para receber 1.200 lugares e mais apetrechos de projeção. O "Cine Rosário" foi uma das casas de cinema mais longevas de Jacareí no século 20, tendo fechado as portas definitivamente somente em 1998.
Em geral, em meados do século 20, os cinemas apresentavam filmes seriados e longas metragens estrangeiros, entremeados por noticiários. Eram filmes falados, em preto e branco ou em cores, exibidos em sessões "matinês" ou "soireé". Os cartazes de divulgação e folhetos eram espalhados pela cidade e tomavam as páginas dos jornais.
Em 1952, o prédio do "Cine Rio Branco" foi demolido e, no seu lugar, a Empresa Cinematográfica Reunida ergueu um edifício maior e mais confortável. Já nos anos de 1960, surgiu o "Cine Avenida", longe do centro de Jacareí.
Os cinemas de rua de Jacareí não resistiram às novidades do século 21 e foram substituídos por salas mantidas por grandes redes de entretenimento. Em 2004, a Cinemax inaugurou 5 salas de exibição no recém-criado Shopping Center Jacareí. Em 2007, todavia, Jacareí recebeu novo sopro na produção e exibição local de filmes com a criação do "Cineclube Jacareí".
Fonte imediata de aquisição ou transferência
A parte da coleção com documentos de meados do século 20 foi formada por Osmar de Almeida e incorporada ao acervo do APHMJ em 2020. O longa-metragem foi produzido pelo Cine Clube de Jacareí e incorporado ao acervo do APHMJ em 2012.
Procedência:
Parcela doada ao APHMJ por Osmar de Almeida - Termo de Doação 02/2020
Parcela doada ao APHMJ pelo Cine Clube de Jacareí - Termo de Doação 06/2012
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
A coleção é formada por registros da atividade cinematográfica em Jacareí desde a década de 1940.
Há uma sequência de cartazes e cartões percorre os anos de 1944 a 1951, com a programação do Cines Paratodos, Rio Branco e Rosário, usados, provavelmente para a divulgação. Esses documentos apresentam, além de nomes e ilustrações, pequenos verbetes com comentários sobre os atores e enredos em cartaz.
É interessante notar a descrição sobre a programação de películas que eram apresentadas antes da exibição dos filmes principais, onde estão noticiários sobre o Brasil e mundo, desenhos animados e "shots" sobre temas como "Medicina em Guarda" ou "Guerra à Tuberculose". Há também informações sobre a apresentação de capítulos de seriados e sobre recomendações do DEIP. Há um recorte de jornal com considerações sobre a atriz Marlene Dietrich, de 1973.
Completa a coleção o filme "Steve Cicco", considerado o primeiro longa-metragem produzido em Jacareí, pela V Produções e o Cineclube da cidade, em 2012.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Em processo de descrição
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Sem restrições.
Observando-se as condições de conservação física de alguns documentos, a consulta deverá ser autorizada pela administração do APHMJ.
Condiçoes de reprodução
Reprodução mediante autorização da administração do APHMJ.
Idioma do material
- português
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Os documentos em papel apresentam rasgos, dobras e indícios de infestação por fungos, principalmente nas peças em grandes dimensões.
Os documentos audiovisuais podem ser consultados por meio de equipamentos de leitura apropriados.
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
CIN 001
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
Pontos de acesso de género
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
CONARQ (BR). NOBRADE: Norma brasileira de descrição arquivística, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 2006.
Estatuto
Final
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
Criação: Junho de 2021
Línguas e escritas
Script(s)
Fontes
CRUZ, José Luiz Navarro da. "Todo domingo tinha seriado no Cine Rosário". IN: Retratos da Cidade. Semanário, Jacareí, 16 de abril de 1999.
PRADO, Fernando Romero. Dicionário Ilustrado da Cidade. Jacareí, Papel Brasil, 2017.
Objeto digital metadados
Nome do ficheiro
APMJ_-_Cinema_2.jpg